“Direito à memória: Uma conceção para o futuro ou uma realidade já nossa?” — Ação de Capacitação para Investigadores
“Direito à memória: Uma conceção para o futuro ou uma realidade já nossa?” — Ação de Capacitação para Investigadores
No dia 5 de agosto, às 13h, realizou-se, no Salão Nobre da Universidade Aberta, uma ação de capacitação ministrada pelo Mirosław Michał Sadowski, doutorando da Faculdade de Direito da Universidade McGill e investigador do Centro de Estudos Globais da Universidade Aberta. Mirosław apresentou uma conferência intitulada: “Direito à memória: Uma conceção para o futuro ou uma realidade já nossa?“. Defende o investigador: “Grandes acontecimentos e importantes figuras históricas e contemporâneas são determinantes para a criação de identidade nacional, por isso muitas vezes imortalizam-se nos espaços públicos sob a forma de monumentos – lugares de memória. Mas o que acontece quando esses lugares são lembranças de uma memória corrupta, um passado que muitos preferem esquecer? Devem ser removidos, como se as pessoas e os eventos que comemoram não existissem, ou nunca tivessem acontecido, ou devem ser mantidos como locais de consciência, testemunhos atuais de um passado doloroso? Qual poderá ser o seu novo papel na paisagem urbana? Em última análise, quem tem o direito de ser lembrado e quem tem o direito de ser esquecido dentro da rede de uma cidade? Os próprios monumentos têm algum direito? O objetivo da presente conferência é apresentar a perspetiva do autor sobre o direito à memória (entendido como um direito de Jano, com duas faces: o direito de lembrar e ser lembrado, e de esquecer e ser esquecido), no contexto das recentes mudanças nas paisagens urbanas em todo o mundo”. A interessante e relevante conferência de capacitação dos investigadores e parceiros da Dignipédia Global, promoveu a discussão do conceito de “memória coletiva” e a ideia de um “direito à memória”.